Após o término da Segunda Guerra Mundial em 1945, o mundo se encontrava em um estado de devastação e reconfiguração política. As duas superpotências emergentes desse conflito eram os Estados Unidos, representando os países aliados ocidentais, e a União Soviética, líder do bloco comunista oriental. Embora aliados durante a guerra na luta contra a Alemanha nazista, suas relações logo se deterioraram, dando início ao período conhecido como Guerra Fria.
As raízes desse conflito remontam às profundas diferenças ideológicas, políticas e econômicas entre os dois sistemas. Enquanto os EUA defendiam o liberalismo democrático e o capitalismo de livre mercado, a URSS promovia o comunismo e o planejamento centralizado da economia. Essas diferenças se tornaram cada vez mais evidentes à medida que a guerra chegava ao fim e a divisão da Europa se tornava iminente.
Uma série de eventos históricos contribuíram para o surgimento da Guerra Fria. A Conferência de Yalta em fevereiro de 1945, na qual os líderes das potências aliadas se reuniram para discutir o futuro da Europa pós-guerra, evidenciou as tensões crescentes entre os EUA e a URSS. Embora tenham concordado em dividir a Alemanha e Berlim em zonas de ocupação, surgiram discordâncias sobre o tipo de governança a ser implementado nessas regiões.
A Conferência de Potsdam, realizada em julho-agosto de 1945, também refletiu as crescentes tensões, com desentendimentos sobre o desarmamento alemão, a reconstrução da Europa e a participação da URSS na guerra contra o Japão.
A corrida armamentista, o estabelecimento de esferas de influência e a rivalidade geopolítica rapidamente se intensificaram. O Plano Marshall, uma iniciativa dos EUA para reconstruir a Europa ocidental, foi percebido pela URSS como uma tentativa de expandir a influência capitalista na região. Em resposta, a URSS consolidou seu controle sobre os países do Leste Europeu, estabelecendo regimes comunistas satélites.
A Guerra Fria estava oficialmente estabelecida, caracterizada por uma competição global por influência política, econômica e ideológica, que se estendeu por décadas e moldou as relações internacionais do século XX. O período pós-Segunda Guerra Mundial testemunhou uma divisão bipolar do mundo, com os EUA e a URSS emergindo como superpotências rivais, cada uma liderando um bloco de nações aliadas e competindo pela supremacia global.
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