A expressão "Cortina de Ferro" tornou-se um símbolo poderoso da divisão ideológica e política que separava a Europa durante a Guerra Fria. Foi o ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill que a popularizou em um discurso proferido em 5 de março de 1946, durante uma visita aos Estados Unidos.
Churchill usou a metáfora da "Cortina de Ferro" para descrever a divisão geopolítica entre a Europa Oriental, sob a influência e controle da União Soviética, e o resto do continente, que estava alinhado com os valores democráticos e capitalistas dos Estados Unidos e seus aliados ocidentais.
Naquela época, a Europa estava dividida entre o Leste comunista e o Oeste capitalista. A União Soviética havia estabelecido regimes comunistas ou pró-soviéticos em países como Polônia, Tchecoslováquia, Hungria, Romênia, Bulgária e Alemanha Oriental. Esses países eram conhecidos como o Bloco do Leste.
Churchill alertou o mundo para a influência e controle crescentes da União Soviética sobre esses países e a ameaça que isso representava para a liberdade e a democracia. Ele enfatizou que uma "Cortina de Ferro" havia sido erguida pela União Soviética, isolando essas nações da influência ocidental e restringindo a liberdade de seus cidadãos.
O discurso de Churchill teve um impacto significativo, chamando a atenção para a divisão cada vez maior entre o Leste e o Oeste da Europa e alertando para os perigos representados pela expansão do comunismo soviético.
A metáfora da "Cortina de Ferro" acabou por se tornar um termo amplamente utilizado para descrever a divisão ideológica e política durante a Guerra Fria, e ainda hoje é evocada para representar barreiras políticas ou ideológicas que separam países ou regiões. O discurso de Churchill é lembrado como um dos momentos mais marcantes da história moderna e como um alerta precoce para os desafios que viriam a definir a Guerra Fria.
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