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Armas Nucleares (Guerra Fria)

 Durante a Guerra Fria, a posse e o desenvolvimento de armas nucleares tornaram-se um componente central da estratégia de dissuasão das superpotências, os Estados Unidos e a União Soviética. O mundo entrou em uma era de crescente tensão, onde a ameaça de uma guerra nuclear pairava constantemente sobre a humanidade.



Após o lançamento das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki no final da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos emergiram como a única potência com armas nucleares. No entanto, logo após, a União Soviética também desenvolveu suas próprias armas nucleares, inaugurando uma corrida armamentista que se estenderia por décadas.


Essa corrida armamentista nuclear foi impulsionada pelo conceito de "destruição mútua assegurada" (MAD), que afirmava que se ambas as superpotências estivessem armadas com um número suficiente de armas nucleares, qualquer ataque nuclear resultaria na destruição total de ambos os lados. Essa doutrina de dissuasão sustentava que a ameaça de uma retaliação devastadora era suficiente para desencorajar qualquer ação agressiva.


Ao longo das décadas seguintes, os Estados Unidos e a União Soviética acumularam vastos arsenais nucleares, desenvolvendo mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs), submarinos nucleares e bombardeiros estratégicos capazes de lançar armas nucleares em qualquer lugar do planeta.


A escalada dessa corrida armamentista atingiu seu ápice durante os anos 1960 e 1970, com o desenvolvimento de armas termonucleares (ou bombas de hidrogênio), que eram ainda mais poderosas do que as bombas atômicas originais. Durante esse período, as duas superpotências estiveram à beira de conflitos diretos, como a Crise dos Mísseis de Cuba em 1962, que trouxe o mundo à beira de uma guerra nuclear.


No entanto, apesar das tensões e da retórica belicosa, a MAD manteve-se eficaz em impedir que a Guerra Fria se transformasse em um conflito nuclear em larga escala. Ambos os lados reconheciam os riscos inerentes à guerra nuclear e exerciam cautela para evitar uma escalada irreversível.


A Guerra Fria chegou ao fim em 1991 com o colapso da União Soviética, mas as armas nucleares permaneceram uma preocupação global. A posse dessas armas por várias nações e a proliferação de tecnologia nuclear continuam a ser desafios significativos para a segurança internacional, destacando a importância contínua do controle de armas e da diplomacia nuclear.

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